Marília Martins assumiu a liderança da Cooperativa para a Reabilitação dos Cidadãos Inadaptados de Aveiro (CERCIAV) e promete uma liderança dialogante. Substituiu Fernando Vieira que chegou a ter discussões acesas com a Câmara de Aveiro devido aos atrasos no pagamento de verbas devidas à instituição.

A nova presidente assegura que vai manter o diálogo e assume que conhece as dificuldades de quem financia as instituições uma vez que passou pela autarquia como vereadora na ação social. “Se se consegue ou não não posso garantir mas esse é o meu registo. Sou uma pessoa conciliadora e tento resolver os processos da forma mais equilibrada possível”.

Os fundos que entidades como a segurança Social, o Instituto do Emprego ou a Câmara de Aveiro colocam na instituição, que acolhe 300 utentes e 60 colaboradores, são fundamentais para a sobrevivência. Marília Martins admite que qualquer atraso provoca constrangimentos e obriga a instituição e adiantar dinheiro. No horizonte espera que a SS disponibilize verbas do RSI.

“Já recebi, de fonte segura, indicação que o diretor vai tentar desbloquear as verbas do Rendimento Social de Inserção. Quanto à autarquia, ainda na semana passada articulei com a vereadora Teresa Christo. Ela está a interceder junto da área económico-financeira para que paguem. Na altura pagaram cerca de um terço do valor (13 mil em 33 mil euros). Pedi se avançavam com mais uma parte”.

Maria Martins que falou ainda sobre a ação do executivo que conheceu por dentro. Diz que tem faltado uma coordenação política eficaz.

“Considero que esta equipa tem dificuldade em fazer trabalho de boa coordenação e gestão interna. Perdeu-se o fio à meada. Os processos são trabalhados muito avulso. Não há uniformidade de critérios e há dificuldade em acompanhar estruturar o trabalho autárquico de forma equilibrada, uniforme e coesa”.

A presidente da CERCIAV num mandato que se prolonga por mais um ano depois da substituição de Fernando Vieira.